Pontos De Rua

Assim como algumas pessoas do dia
para a noite passam a fazer uma vida alternativa,
do tipo andarem de fato e gravata preenchendo papeis atrás
de um balcão, ou mesmo usando uma farda toda XPTO em uma loja de
telecomunicações, munidos de um sorriso de orelha a orelha
em um horário laboral, aguardam pelo cair da noite para dedicarem-se à
uma segunda actividade.
O fato e trocado por uma T-shirt acompanhada de uns jeans
comprados provavelmente na feira do relógio,
os sapatos de sola trocados por uns ténis provavelmente
adquiridos em um local semelhante.
Partido assim então, eles e elas a procura de ganhar
mais uns cobres em actividades ilícitas, que se fosse a nomeá-las
acabaria por ter uma lista bem comprida,
mas isso não é para aqui chamado.

O mesmo acontece nas ruas que rodeiam o Técnico
(Instituto Superior Técnico), localizado bem no centro de Lisboa,
aquilo que durante o dia é dominado por professores e estudantes
ao cair da noite transforma-se em um local para a prática de prostituição.
Dos poucos locais que ainda hoje existam, talvez este seja
dos mais calmos e menos problemáticos, tanto pela sua localização
como pelo tipo de mulheres que ali se prostituem.
Muitas das que lá estão, a meu ver parecem ser de classe
média assim como portadoras de alguma intelectualidade.
Na sua maioria muitas estão naquilo que lhes rende mais
que um segundo emprego, deslocando-se em viatura própria
e por conta única e exclusiva delas (Chulos/Proxenetas/Namorados)
não estão lá.

As imagens expostas, captadas em uma manha de sábado,
mostram um local tranquilo que no decorrer do dia é uma simples
selva urbana, mas ao cair da noite transforma-se em mais……..





































..........................um antro